Elaborando rubricas e feedback com a ajuda do Gemini

DC Studio (via Freepik)

A avaliação ainda é um dos grandes desafios da educação. Muitas vezes, em nome de uma suposta isonomia, ou mesmo por imposição do sistema escolar ao qual somos vinculados, precisamos avaliar nossos estudantes de forma padronizada, desconsiderando as diferenças que existem em cada turma, escola ou região, atribuindo notas numéricas e com pouco ou nenhum feedback. Talvez a solução para esse dilema esteja muito longe de ser resolvido. Mas uma ferramenta que pode nos ajudar a tornar o processo avaliativo um pouco mais justo e transparente são as rubricas.

As rubricas representam os critérios que serão utilizados para avaliar um estudante. Vamos pensar no seguinte exemplo: você é professor(a) de História e pede que sua turma elabore, em grupos, um mapa mental multimodal sobre os conceitos-chave do feudalismo. A sua atividade, neste caso, se materializa na entrega deste mapa mental. Mas, e os critérios de avaliação? Eles, por sua vez, correspondem às partes menores que compõem essa atividade. Neste caso, podemos elencar algumas:

• Colaboração com o grupo;
• Uso de recursos multimodais;
• Mobilização apropriada dos conceitos-chave do feudalismo.

Bom, aqui temos pelo menos três critérios. É claro que, a depender das circunstâncias, você poderia adicionar mais critérios, como, por exemplo, a correção textual, a apresentação visual do mapa mental, entre outros que considerar importante. 

Agora que os critérios foram definidos, precisamos delimitar a granularidade deles, ou seja, os diferentes níveis de proficiência que nossos estudantes podem apresentar ao desenvolver essa atividade. Seja qual for o caso, você terá pelo menos três níveis: um nível de excelência, com alta proficiência no critério; um nível intermediário, com proficiência mediana; e um nível de baixa ou nenhuma proficiência. 

"Ok, mas elaborar esses níveis dá um trabalhão!", você deve estar pensando. Mas, se você já acompanha este blog, sabe que nunca sairá de um post sem uma dica de ouro em que a tecnologia pode ser sua aliada. E é este o momento da "cereja do bolo". De fato, elaborar esses critérios e níveis de forma manual, pode dar um trabalhão, mas você pode contar com a ajuda do Gemini, por exemplo. 

Utilizando o Gemni para criar rubricas e feedback

Para começo de conversa, você pode utilizar o Gemini para elaborar os critérios da sua rubrica. Mas, vamos pular essa parte, pois já delimitamos nossos critérios previamente. Vamos solicitar apenas que ele defina os níveis para cada critério, a partir da atividade que criamos. Não se esqueça que o Gemini, como qualquer ferramenta de IA generativa, precisa de prompts bem elaborados. Inclua informações como o nível de critérios que deseja, a série para a qual esta atividade se dirige e até a pontuação que deseja atribuir, se preferir. Veja aqui um exemplo.

Agora que você já criou a rubrica, você pode pedir ao Gemini que a adapte para uma tabela que possa ser convertida em planilha. Assim, você pode adaptá-la para o formato compatível com o Google Sala de Aula, por exemplo.

Depois de criados os critérios e níveis, chegou a hora de elaborar os comentários de feedback. Uma dica é: peça que o Gemini crie os comentários dos níveis de cada critério por vez, porque há um limite da quantidade de caracteres por resposta. Depois, é só repetir o comando para os demais critérios. Veja só o exemplo aqui.

Outra ideia interessante é pedir que o Gemini reescreva os comentários de cada nível utilizando uma linguagem diferente (mais ou menos formal, divertida, etc.). Assim, você consegue montar um banco de comentários para deixar o feedback de seus alunos mais diversificado. Veja este exemplo, como ficou legal!

Por fim, lembre-se, a inteligência da IA é artificial, mas a sua, não. Faça suas adaptações, revisões, personalize e dê aquele toque que só o ser humano é capaz de dar.