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Sustentabilidade: O que isso tem a ver com os GEGs?
Vanessa Lima de Almeida - Líder GEG Manaus
Marina Dias de Oliveira - Líder GEG Manaus - Revisão e colaboração
Marco Aurélio dos Santos Oliveira - Colaboração independente - Revisão e colaboração
FUMAÇA COBRINDO TODA A CIDADE, SECA SEVERA, TEMPERATURAS MUITO ELEVADAS.
O que isso tem a ver com os GEGs do Brasil e do mundo?
MUITA COISA!
Nos últimos anos, o Brasil tem enfrentado uma série de fenômenos climáticos extremos que evidenciam a urgência do debate ambiental. Entre esses eventos, as queimadas na Amazônia e no Pantanal se destacam não apenas pela devastação imediata que causam, mas também pelos impactos a longo prazo no equilíbrio ecológico e na saúde pública. A crise climática global, exacerbada por políticas ambientais regressivas e a falta de fiscalização, tem intensificado a frequência e a severidade desses desastres naturais.
Desde 2019, o Brasil tem registrado um aumento significativo nas taxas de desmatamento e queimadas, impulsionado por mudanças na legislação ambiental e pela expansão do agronegócio. Esses retrocessos têm comprometido os esforços de conservação e agravado os efeitos das mudanças climáticas, como ondas de calor, secas severas e chuvas intensas. A situação é alarmante e exige uma reflexão profunda sobre as políticas públicas e as práticas de desenvolvimento sustentável.
Para as próximas décadas, as perspectivas são desafiadoras. A continuidade das tendências atuais pode levar a um colapso dos ecossistemas e a uma crise humanitária sem precedentes. No entanto, há esperança na mobilização da sociedade civil, na adoção de tecnologias verdes e na implementação de políticas mais rigorosas de proteção ambiental. O debate ambiental, portanto, não é apenas necessário, mas crucial para garantir um futuro sustentável para o Brasil e para o planeta.
Considerando o papel fundamental do docente no processo de transformação da sociedade através dos objetos de conhecimento e de todos os recursos educacionais disponíveis, de que maneira os Grupos de Educadores Google podem contribuir para fomentar a discussão, proposição e efetivação de ações para contribuir com melhorias da mudança de mentalidade das comunidades às quais pertencem?
Somos agentes transformadores nos diferentes ambientes da estrutura escolar e nossos discursos e ações reverberam nos mais variados núcleos que compõem a comunidade escolar.
Podemos e devemos levar as nossas discussões e, melhor: Lançar aos nossos alunos a proposta de que eles se façam perguntas sobre COMO RESOLVER A QUESTÕES SOBRE SUSTENTABILIDADE E PROPOR MELHORIAS EFETIVAS PARA O NOSSO PLANETA, NOSSA CIDADE, NOSSO QUINTAL?
E, mais que propor o questionamento, instigar nossos alunos a encontrar meios de COBRAR SOLUÇÕES RÁPIDAS para esses problemas.
Dada esta introdução proponho, a partir de agora, ideias para ações voltadas ao público alvo do Ensino Médio na rede pública de educação, etapa com o qual atuo.
Do conceito à prática: Sugestões de uso da ferramentas do Workspace para o debate climático
Você pode começar a partir de ações simples, partindo do Google Sala de Aula como uma central, um quartel general para as ideias de seus alunos, criando uma tempestade de ideias sobre quais os principais problemas ambientais do entorno da escola, do bairro, de sua cidade, estado, país, continente.
Para essa etapa, o Keep pode ser um bom aliado!
Mas o Forms também, como uma fonte de coleta de dados bastante interessante!
A coleta das percepções sobre os problemas, partindo do que é mais próximo à realidade dos alunos e expandindo para cenários mais amplos, aplicamos o princípio de Descartes, indo das partes para o todo, estimulando a observação dos jovens aprendizes sobre o mundo que os cerca, o que cairia como uma luva para a Competência 3 da BNCC do Ensino Médio, na área de Ciências da Natureza e suas Tecnologias, a Competência 2 de Linguagens e suas Tecnologias
A partir da coleta das percepções dos estudantes, você, mediador do conhecimento, pode filtrar as ideias, afunilando-as até que se cheguem até pelos menos 5 problemas para serem analisados.
Isso permitirá que você mediatize conhecimentos para além dos objetos de conhecimento formais, trabalhando com conceitos oriundos da Administração e da Gestão de Projetos, aplicando as possibilidades de desenvolvimento de skills, habilidades deles, “ensinando aquilo que a escola normalmente não ensina”, como matrizes de priorização Matriz GUT, Matriz RICE, Matriz BASICO, Matriz 4×4, Matriz de Eisenhower, Princípio de Pareto.
Permita ao aluno conhecer esse novo universo!
A partir da priorização dos problemas a serem analisados, é hora de OLHAR para o cenário físico e ver o estado atual dos locais e, muitas vezes, sair do prédio escolar para uma visita de campo pode ser bastante interessante. Em outras, um desafio!
Nesse caso, o Google Earth será um parceiro muito eficiente para que vocês visualizem pontos de queima de áreas de floresta, áreas de conservação permanentes, locais atingidos pela estiagem deste ano que assola todo o país, pontos de descarte de resíduos irregulares nas proximidades das escola, permitindo que o aluno olhe o entorno com “outros olhos” e a partir explorar, criar uma trilha de exploração visual e realista de cada problema com o My Maps e o Expedition.
A partir da observação dos conhecimentos espaciais, noções de paisagem, uma aproximação do aluno com outras realidades se tornará mais fácil.
Outra abordagem, que será muito útil para as áreas de Ciências da Natureza (Competências 1, 2 e 3) e Ciências Humanas e suas Tecnologias (Competências 1, 3 e 4), é, por exemplo, analisar as consequências da fumaça para o trânsito, a economia e a saúde humana.
Da seca, para as comunidades que são afetadas, como populações ribeirinhas, povos isolados, povos originários, comunidades quilombolas alocadas em regiões florestais.
A partir daí, através de ferramentas como o Gemini, buscar saber que iniciativas vêm sendo empreendidas para solucionar, mitigar, atender, resolver as questões envolvidas, assim como buscar os meios onde e como cobrar mais ações efetivas do poder público para enfrentamento dos problemas surgidos das questões climáticas do planeta no contexto onde seus alunos estão inseridos.
Outra ponte bastante interessante é alinhar as ações escolares - em todas as etapas de ensino e de maneira concomitante a uma ação como essa é a articulação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.
Tudo isso pode ser documentado pelos próprios estudantes e veiculado através do Google Sites, do Blogger e nas diversas redes sociais, em português, inglês e espanhol, para alertar e sensibilizar o maior número possível de pessoas na comunidade micro e macro.
Os GEGs são, então importantes para disseminar ideias de como os professores podem mediatizar o conhecimento existente nos livros e na web, promover debates, trocas e partilhas de outras ideias já em execução para que mais e mais pessoas adotem comportamentos sustentáveis e benéficos para a melhoria da vida nas nossas cidades e no nosso planeta!
Como eu disse inicialmente, somos agentes de mudanças e podemos fazer muito pelo planeta através do GEG Brasil.
No final deste artigo seguem algumas habilidades sugeridas para possível desenvolvimento (BNCC Brasil para o Ensino Médio).
É importante não esquecer também de olhar para os referenciais curriculares de cada rede de ensino para dar ainda mais força às suas ações didático-pedagógicas!
parabèns
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