3 DICAS PARA ENGAJAR OS ALUNOS

 



Está sem ideias para engajar seus alunos?

É comum ouvir dos professores que seus alunos estão desanimados, não prestam atenção na aula, não querem estudar, entregar os trabalhos...etc. Mas é raro ouvir ideias que promovam uma discussão onde os modelos e boas práticas sejam o foco da conversa. 
Por isso resolvi escrever este pequeno texto que nos levará a refletir sobre nossas práticos e como nossas ações influenciam no ambiente escolar. Acredito que a mudança que tanto buscamos está mais perto do que podemos perceber.

Você já se deparou com uma situação em que não conseguia enxergar uma solução? O que você fez? Compartilhou com seu colega sua angústia? Encontrou algum culpado para situação? Argumentou fazendo referencia política sobre o sistema que é falho e ineficaz? 
Se uma das respostas sobre as perguntas acima foi sim, saiba que você não está sozinho ou sozinha. Existem muitos educadores que também passam por isso diariamente.
Mas o que você faz quando a situação é com o seu colega? Essa pessoa te procura com uma angústia tão grande que você acaba se comovendo com o relato e começa a chorar junto?
Se as respostas para essas duas perguntas for sim, você faz parte de uma gigantesca massa que precisa encontrar o caminho de volta para a essência de educador que está dentro de você.

Neste artigo você encontrará três dicas para engajar seus alunos. Isso é obvio, pois o título já diz isso. Mas o que não está explícito é que também encontrará dicas de como retomar sua essência como educador.
Para encontrar as dicas de engajamento, basta ler superficialmente as próximas linhas. Mas se queres encontrar as dicas para resgatar o educador que vive em você, faça uma leitura interna dos teus pensamentos ao longo desta postagem.

Por que os estudantes estão desanimados?

Esta é uma pergunta que desencadeia a reflexão para primeira dica. Se você tem a resposta para esta pergunta, já pode passar para o próximo parágrafo e pular as linhas abaixo. Mas se você ainda está tentando descobrir, vamos em frente. Os estudantes não estão desanimados, eles estão desmotivados. Sim estão sem motivos reais para se envolver nas aulas que estamos proporcionando. De onde tiramos as ideias das nossas aulas? Eu costumava olhar para os materiais didáticos para fazer isso, mas quando resolvi olhar para as pessoas que estavam ao meu redor, descobri que o sentido das aulas está relacionado aos fatos reais vivenciados no dia-a-dia do ambiente escolar. Mas o que isso significa? Simples, isso quer dizer que os materiais didáticos precisam ser analisados de maneira subjetiva ao ponto de partida da aula, ou seja, primeiro é necessário descobrir o que está incomodando os alunos na sala, na escola, no bairro e assim por diante, depois selecionar os problemas que são recorrentes entre eles. Em seguida observe o que os colegas professores, e demais funcionários estão fazendo para solucionar alguns destes problemas. Feito isto pode começar seu planejamento formando parceria com as pessoas que já estão fazendo algo para solucionar os problemas que você identificou, em seguida observe os materiais disponíveis que irão ajudar os estudantes a desenvolver habilidades que se relacionam com os problemas elencados.
O que os estudantes necessitam para superar seus medos, anseios, dificuldades? Eles precisam de orientação, pois informação eles tem acesso facilmente.
Neste sentido, as orientações podem ser por parte de qualquer pessoa que tenha conhecimento sobre esses medos, anseios e dificuldades. Existem mais pessoas que já passaram por problemas, e superaram com sucesso, do que podemos imaginar. E estas pessoas estão em todo lugar, inclusive no espaço escolar. Entre eles estão, professores, funcionários, pais e mães de estudantes, e os próprios estudantes, sim é isso mesmo, os próprios estudantes.
Finalmente, a primeira dica é: use o recurso pessoal que está disponível em sua comunidade escolar e é gratuito, faça um trabalho colaborativo se colocando no papel de moderador aprendente e ensinante.


Que recurso devo usar para o engajamento?


Esta é uma pergunta que pode gerar mais dúvidas do que qualquer outra, mas quando entendemos os motivos que levaram os estudantes a se afastar dos estudos, e as necessidades reais da turma, podemos responder ela com muita segurança. Mas para que nossa segunda dica seja bem pontual, tenho de fazer uma análise de caso que aconteceu comigo no início da pandemia.

Havia uma estudante totalmente descrente dos estudos e propostas de atividades que eu estava apresentando ao longo de um determinado espaço de tempo. Eu já havia percebido que as concepções que ela tinha enraizado em seus conceitos adquiridos por experiências negativas, estavam ofuscando seu futuro promissor. Mas ainda não havia encontrado o caminho para me aproximar e mostrar o potencial que havia naquela estudante. Não pense que foi fácil, mas consegui encontrar um motivo real para que despertasse o interesse no tema que estava trazendo para turma. 
Ao entrarmos no isolamento inevitável que a pandemia nos impôs, pude perceber o desespero daquela estudante frente aos desafios que outrora eu havia falado, mas que agora ela estava vivenciando. Assim despertou a curiosidade em saber sobre o tema abordado pouco antes do início da pandemia, e assim ela me procurou com entusiasmo para aprender... Resumindo, esta foi a estudante que mais se destacou no tema proposto.

Agora, após refletir sobre essa pequena passagem de estado de estudante desanimada para estudante empolgada, podemos partir para a dica de número dois. Ao se deparar com uma dificuldade, primeiro entenda qual é o seu desafio, depois defina seu objetivo e por último trace seu plano com as ferramentas que auxiliarão no processo de aprendizagem. Esses recursos podem ser materiais físicos, podem ser humanos com um trabalho colaborativo, e podem ser ferramentas digitais que facilitem o trabalho do professor, o desenvolvimento da tarefa e o aprendizado do estudante.

O que tenho feito de bom?

Essa terceira dica faz um apanhado geral do que vimos até aqui, promovendo uma relação estreita entre recurso digital, físico e de pessoal (seres humanos).
Para responder esta pergunta, volto aos parágrafos iniciais e deixo minha reflexão sobre atitudes que nos fortalecem enquanto educadores e consequentemente o crescimento de nossa equipe escolar.
Quando começamos a apontar caminhos e soluções para as dificuldades dos colegas, recebemos também orientações para superar nossas próprias contradições e conflitos. Tiramos o foco do problema e focamos no que realmente importa, a solução para tal situação de desajustes e até mesmo frustrações.  
Encontrar os potenciais em meio ao caos do cotidiano escolar é o que faz do educador um ser diferenciado, pois ele consegue enxergar o que ninguém mais vê.

Os estudantes tem sede em aprender, mas na maioria das vezes o que eles querem aprender nada tem em comum com os conteúdos que estão nos livros didáticos. Sendo assim, cabe ao professor fazer o enlace entre o currículo escolar, material didático disponível e necessidade dos estudantes. Esse é o casamento perfeito, mas dá um trabalho imensurável, é verdade. Na real, isso é necessário para evitar o caos pedagógico e alcançar os objetivos que nós traçamos no início de cada planejamento. Propor espaços e ferramentas adequadas é fundamental, mais que isso é essencial ter clareza onde se quer chegar com as atividades propostas. Portanto, a organização do espaço físico e recursos a serem utilizados depende do destino final da sua aula.

A dica de número três é adequar sua aula com o propósito real de aprendizagem, após uma trajetória de análise detalhada de todos os aspectos apontados neste texto. Se essa dica parece um pouco superficial é porque de fato é, e essa é a intensão. Porque o aprofundamento depende de cada educador em sua particularidade encontrar os caminhos da aprendizagem.

Saiba mais sobre o engajamento neste vídeo,clique aqui.

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