Repensando a aprendizagem com a Inteligência Artificial baseada na Taxonomia de Bloom


Fonte: Pixabay

A Taxonomia de Bloom, desenvolvida por Benjamin Bloom em 1956 e revisada por seus sucessores Lorin Anderson e David R. Krathwohl em 2001, é um dos instrumentos mais utilizados no campo da pedagogia. Já em plena revolução digital, Churches (2008) fez uma proposta de atualização levando em conta o uso da tecnologia digital. Agora, com a ascensão das inteligências artificiais generativas, novas ações emergem do trabalho conjunto entre humanos e máquinas, redefinindo as formas de ensinar e aprender.

Como a IA Generativa Transforma a Taxonomia de Bloom?

A Inteligência Artificial tem o potencial de ampliar as possibilidades de cada nível da Taxonomia de Bloom, permitindo novas abordagens pedagógicas que integram o pensamento computacional e o uso de tecnologia na educação. A seguir, exploramos como cada nível pode ser impactado, com base no infográgico disponibilizado no site da Universidade Aberta da Catalunha .

1. Recordar

A IA pode ajudar os alunos a buscar e organizar informações de maneira mais eficaz.

  • Novas ações: Identificar ferramentas adequadas, definir o resultado desejado em uma busca, formular demandas de forma otimizada para obter respostas precisas .

2. Compreender

Os modelos de IA podem oferecer explicações adaptadas ao nível de entendimento do aluno e exemplos contextualizados.

  • Novas ações: Adicionar parâmetros a uma demanda, refinar comandos para gerar respostas mais relevantes, oferecer diferentes contextos para um mesmo conceito.

3. Aplicar

A IA pode atuar como assistente no desenvolvimento de projetos e na personalização do ensino.

  • Novas ações: Integrar diferentes ferramentas, operar o conhecimento por meio do diálogo com a IA, compartilhar arquivos relevantes para atividades.

4. Analisar

Os educadores e alunos podem usar IA para examinar padrões, identificar erros e avaliar hipóteses.

  • Novas ações: Mobilizar múltiplas fontes de informação, revisar resultados com criticidade, identificar viés ou alucinações da IA, comparar informações de diferentes origens.

5. Avaliar

A IA pode apoiar no processo de avaliação, sugerindo feedbacks e permitindo a automação de testes adaptativos.

  • Novas ações: Validar resultados, utilizar pensamento crítico na análise de respostas da IA, realizar testes e melhorias iterativas, alimentar modelos com novos dados para aperfeiçoamento.

6. Criar

A IA pode ser uma grande aliada no processo criativo, auxiliando no planejamento, prototipagem e design de novas soluções educacionais.

  • Novas ações: Planejar estratégias com IA, combinar ferramentas e ideias, conduzir processos criativos, projetar atividades complexas utilizando técnicas de prompting avançado.

Reflexões para Educadores

Diante desse novo cenário, o papel do educador se transforma. Mais do que um transmissor de conhecimento, o professor torna-se um mediador que ensina os alunos a interagir criticamente com a IA, utilizando-a como ferramenta para potencializar o aprendizado.

Algumas perguntas que podem guiar essa reflexão:

  • Como podemos integrar a IA no planejamento pedagógico sem perder a essência do aprendizado humano?

  • De que forma a IA pode estimular o pensamento crítico e a criatividade dos alunos?

  • Como garantir que a tecnologia seja usada de forma ética e responsável em sala de aula?

Para aprofundar seus estudos sobre a integração da IA na educação, recomendamos os e-books criados pela equipe  Amplifica em parceria com diversos educadores. Esses materiais abordam o tema "Volta às Aulas com Inteligências Artificiais", estão disponíveis gratuitamente na plataforma Tá Pronto! e oferecem orientações práticas para professores que desejam inovar suas práticas pedagógicas com o apoio da IA.

Sugiro tambem consultar outros textos relacionados a Taxonomia de Bloom e outras estratégias de uso de IAs com ferramentas Google sugeridas aqui no Blog.

A evolução da Taxonomia de Bloom na era da IA  não elimina o papel do professor. Pelo contrário, reforça sua importância como guia na construção do conhecimento, preparando os alunos para um futuro onde a inteligência humana e artificial trabalharão lado a lado.

E você, já começou a explorar o potencial da IA na sua prática pedagógica? Compartilhe suas experiências nos comentários!

Até a próxima e um excelente ano letivo!

GEG Poços de Caldas-MG

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