Criatividade: 3 táticas para aulas mais criativas

Sempre que quero inovar em minhas aulas, além de buscar aplicar metodologias e abordagens que colocam os estudantes no centro do processo educativo, eu uso essas táticas para planejar:

1. Misturo estratégias didáticas ou inverto o jeito de executar uma.

Eu sempre faço isso! 

E percebo que meus alunos gostam muito e se engajam nas atividades propostas. 

Sabe por quê? Porque eles nunca viveram aquela experiência daquele jeito. É único! Foi criada por mim! Quer algumas sugestões?

• Geralmente pedimos aos alunos para criarem uma nuvem de palavras. Experimente o contrário, a partir de uma nuvem de palavras criada por você, peça-lhes que criem algo. Pode ser um texto, um poema, uma cena, uma classificação das palavras, etc. Escolha as palavras para a nuvem, relacionadas com aquilo que esteja trabalhando no seu componente curricular.

• E que tal levar a nuvem de palavras para aulas de matemática e tentar relacionar com sua aula? Como fazer isso? Faça perguntas para você mesmo(a). Desafie-se a criar essa atividade. Lembre -se do “Como posso…?”

• Crie um bingo diferente com aquele conteúdo considerado bem teórico e encante sua turma que vai aprender de forma lúdica o que poderia ser considerado chato. E veja: não pense que bingo é coisa só dos pequenos. Os grandes também gostam, mas se atente para os objetivos de aprendizagem do seu componente curricular.

• Trabalhe com cartas enigmáticas. Mas desta vez serão os alunos os criadores delas. E depois, peça-lhes para trocarem entre si para descobrirem os enigmas criados por eles. Dá até para pensar em usar algumas estratégias de gamificação aí. 

• Faça um estudo dirigido diferente. Em vez de texto, você usa um vídeo. Você pode fazer isso em um Google Formulários.

• Convide a turma a criar uma gincana tecnológica. Mas nada de chegar com as tarefas prontas para serem executadas. Deixe a turma criar as tarefas e você, vai mediando a elaboração e a exequibilidade das mesmas.

2. Faço perguntas do tipo:

• Como posso desenvolver minha aula de forma diferente da convencional, da que venho fazendo nos últimos tempos?

• Como posso usar recursos diferenciados ou a tecnologia nas minhas aulas para engajar meus alunos numa proposta mais construtivista e criadora?

• Como posso trabalhar este conteúdo que é bastante teórico levando meu aluno a vivenciar alguma experiência na prática?

• Como posso levar meu aluno a entender a multiplicação e divisão de forma mais vivencial?

• Como posso desenvolver uma atividade que leve meus alunos a vivenciarem a empatia?

E por aí vai…

3. Uso a minha listinha de ideias que já está disponibilizada para você, neste artigo do Blog GEG Brasil.

E aqui, abaixo, compartilho mais algumas ideias:

• Estimule seus alunos a criarem tirinhas ou histórias (storyboard) aplicando os conceitos desenvolvidos na aula. Isso ajudará você, a perceber se eles entenderam o que foi trabalhado. Peça para fazer isso em times ou trios. Você vai se surpreender com a criatividade deles. Você pode fazer isso usando tecnologia ou não. Algumas folhas sulfite e canetinhas são o bastante para seus alunos criarem essas histórias. Agora, vale usar a tecnologia para compartilhar os trabalhos. E quando são utilizados em contextos reais, vale mais ainda, porque vão contribuir de alguma forma para mudanças esperadas. Algumas ferramentas para isso são: Google desenhos, Apresentações e Jamboard.

• Quer fazer uma atividade avaliativa super diferente, engajadora e que valoriza as inteligências múltiplas de seus alunos? Entregue uma lista com atividades variadas e deixe que eles escolham uma preferida. Eles vão amar ter a liberdade de eleger aquilo que tem mais familiaridade e habilidade em fazer. No livro “Estratégias Didáticas para aulas criativas”, que não sai da minha mesa tem uma listinha dessas atividades que amo. Toda vez que uso essa estratégia, eu me emociono com a criatividade dos meus alunos e como aprendo com eles. Fiz uma adaptação da tarefa original do livro e deixo para você fazer uma cópia. Contrato de Avaliação é o nome dela. Mas você pode e deve adaptá-la ao contexto da sua turma, dependendo da idade e do componente curricular que esteja trabalhando.

E aí?
Me diga se você gostou destas táticas para deixar suas aulas com a cara da criatividade e, de quebra, desenvolver o processo criativo de seus alunos.